segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Amor de Natal

Das aventuras já vividas de Natal
esta foi para mim a mais bonita
havias chegado há pouco a Portugal
tua beleza cegou logo a minha vista.

Depressa serenaste as dores da paixão
que nos meus olhos notavas claramente
como era suave o toque fino da tua mão
e quente o fogo que se ateou de repente!

E pelo arraial e naquele passeio,
ó doce C., inspiradora deste poema,
pelo teu amor e beleza eu anseio
meu anjo querido, minha pobre pequena!

E o meu olhar cada vez mais limpo
aquele olhar virginal que nele batia
chamava por mim para o nosso ninho
como um sonho lindo que ambos nutria!

Já sozinhos vigiados pelas estrelas
meu amor eterno te queria mostrar
assim guiados pela luz cintilante delas
teus lábios ardentes queria beijar!

Depois, ó doce C., minha boa amada,
inconscinetes dessa felicidade breve
quando enrolados já na macia palha
cantámos, sorrimos, rebolámos na neve!

Ó doce C, flor airosa da minha janela
que enfeita beirados, aí fizeste-me jurar
que por este amor, minha flor singela,
teu nome eternamente havia de chamar!

Se esta paixão já foi realidade
vivida, sem queixume algum deixar,
não temas em procurar a felicidade
porém recorda quem te ensinou a amar!

Eu recordarei bem o teu perfume suave
do corpo e da alma envolta em mistério
do meu coração deixei-te uma chave
nem que me visites já no cemitério!


Jorge Marrão
em Babe, a seguir ao Natal de 1983

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