sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Teixeira de Pascoaes

A estrada nacional quinze serpenteia
o dorso fendido de Marânus
que firme aceitou que desenhassem
a passagem rumo a nordeste.

É como se a virgem serrana
transferisse para ali o calvário
e os murmúrios dos pinhais
chorassem os que tombam
nos reveses da marcha.

A lembrança e o o desejo
esculpem a saudade das curvas
e do casario espalhado pelo termo
com chaminés fumegantes
e talvez hipotéticos amantes
de poesia sorvam versos
espoliados da escola, das sebentas...

O Pessoa seca tudo! Não é ele,
é quem quer a ignorância.
Em cada viagem abraço Marânus
e tu por lá vagueias ungido
pela natureza.

JM 82

2 comentários:

  1. Caro: Jorge Marão

    Séu espaço é formidavel!

    Grande parte dos Séus textos me são familiares, neles, recordo parte da minha infancia, depois de ter chegado hà (Metropele) Portugal em companhia de Méus Pàìs e irmã vindos de Moçambique em 14 de Agosto de 1976
    Babe é terra das minhas origens:
    Terra onde nasceu minha Mãe.
    Onde hoge tenho familiares e amigos.

    Estou lhe Grato pelos bons moméntos de
    leitura, serei séu seguidor, voltarei sempre:

    Os meus melhores compriméntos

    Antònìo Manuel

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  2. Não me digas que és o António Manuel, filha da Cândida? Diz Pá?
    Um abraço Jorge

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