Vinha curvo pela tarde caminhando
Por um carreiro umbroso, escuro.
Os sinos em acordes iam tocando
Talvez por um amigo ou familiar
Que foi chamado a contas com o eterno,
Ainda moço, ao derradeiro lar.
E nesse agre silêncio de morte
Que atravessava frio corpo e alma,
Lastimava em vão de quem fosse a sorte...
Que triste ter de entregar a vida!
Pior é que ainda nos surpreende,
Desde imemoriáveis tempos garantida.
É que a surpresa não está na sombra,
Mas nela: ensombra uns e colhe outros,
E ninguém é senhor da sua hora.
Marrão 86
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário