segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ode à Fonte Megilde

Ó fonte de Megilde de puras águas
mais brilhantes do que astros,

Cada vez mais o Teu frontão granítico,
Solene, firme, só, s'envaidece

De tantas flores na cúpula ofertarem
Os caminhantes sequiosos de Ti.

Foi ao par de namorados que Vénus
Ingentemente aconselhou

Fruir deleitadamente, ó Fonte,
Tão viçosa e sã frescura

De tal modo que, seguindo Ceres,
Refrescou a ceifeira alegre

Que ceifava sob canícula ardente
Na seara loura, sobranceira.

De feição Teus regos de água
São querido de Silvanus

E o cordeiro tresmalhado encontra
Em Ti novo folguedo

Que divinas Naiades Te protejam
E continue por longo tempo

Fruindo assim gélidas e puras águas
Que saltitam brilhantes.

JM 1982

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